4 prateleiras para copiar

Toda casa precisa de prateleiras – nem que seja uma pequenininha no banheiro para guardar os produtos de beleza. Como ultimamente eu tenho procurado soluções econômicas de decoração, decidi compartilhar aqui no blog quatro versões que podem ser feitas pelos próprios moradores e não exigem muitas habilidades ou investimentos. Com um pouco de tinta, cordas e mãos-francesas, qualquer parede fica mais bonita… Olha:

Suporte inusitado

Essa primeira opção não é uma prateleira convencional, do tipo que você pode usar para apoiar livros ou objetos. Na verdade ela foi desenhada com um único propósito: servir de suporte para vasinhos de plantas. A ideia é da blogueira Mandi, do Vintage Revivals, que quis aproveitar ao máximo o espaço interno de um trailer antigo. Obviamente não é preciso ter um trailer para conseguir reproduzir essa prateleira, então qualquer cantinho da casa que receba bastante iluminação natural já está valendo. O legal é que a execução é simples: uma tábua de madeira com recortes circulares feitos com uma serra especial (chamada serra copo) + vasos coloridos com espécies de fácil manutenção, como cactos e suculentas. 

Suspensa na parede

Uma ideia fácil de copiar e perfeita para quem não quer gastar muito, mas gostaria de um apoio extra, é a prateleira fixada na parede com cordas. Com uma prancha de madeira estreita (que pode ser branca ou sem acabamento mesmo), quatro pedaços de corda e dois ganchinhos, você cria um móvel prático e que não ocupa muito espaço. Ou seja, dá para instalar no quarto, na sala ou no hall de entrada. Se bem que até na cozinha dá certo – não ficaria fofo montar a prateleira e usá-la como apoio para uma hortinha? Confira AQUI os detalhes de como fazer.

Ilusão colorida

Tem gente que adoraria ter uma parede colorida, só que acaba desistindo por receio de enjoar ou qualquer coisa assim. Se esse é o seu caso, de repente a sugestão de pintar apenas um pedacinho pode resolver o problema. Aqui a prateleira não serve apenas para apoiar enfeites, mas também se transforma na atração do ambiente. E para fazer igual não tem muito segredo: basta pintar uma forma geométrica na parede (um círculo, um triângulo, um hexágono…) e depois usar a mesma tinta para cobrir a prateleira e as mãos-francesas. De longe o efeito é ainda mais bacana, já que os objetos parecem flutuar.

Detalhe charmoso

Prateleira estreitinha + mão-francesa tingida com tinta spray = a opção mais simples de todas, porém não menos interessante. Essa dica é boa para quem também gosta de cor, mas prefere algo mais discreto. Vale reparar que a peça foi fixada lá no alto da parede, ou seja, ela deixa a superfície desimpedida para quadros e pôsteres e ainda tira proveito do pé-direito. Se quiser copiar, procure instalar prateleiras que peguem de ponta a ponta, pois elas ajudam a alongar o cômodo.

9 MANDAMENTOS PARA COMPRAR DÉCOR ONLINE

Se você ainda não se sente seguro para renovar a casa com itens comprados pela internet, confira um guia para não errar

A internet pode ajudar você a deixar a decoração da casa do jeitinho que sempre sonhou! Descubra como não errar (Foto: Victor Affaro/Editora Globo)

Fazer compras pela internet é um paraíso para quem não suporta enfrentar filas, trânsito e shoppings lotados. Mas, apesar da comodidade, muitas pessoas ainda sentem medo de errar, por não ter o produto em mãos antes de pagar. Com móveis e objetos de decoração, o problema se repete e, por isso, você precisa estar atento a alguns truques para fazer a escolha certa. Siga estes nove mandamentos para atualizar o seu lar pela internet:

1. Medirás tanto o espaço, quanto os móveis antes de comprá-los
Retire a fita métrica da gaveta e certifique-se de que aquele sofá lindo com que você está sonhando vai caber na sua sala. Compare as dimensões do espaço com a do móvel, é simples e não vai custar nem cinco minutos!

2. Lerás as descrições
Apenas observando a imagem do produto pela tela do computador ou celular não é possível saber tudo sobre ele, muito pelo contrário. Conheça o material que foi utilizado e todos os outros detalhes que podem dizer se essa peça tem qualidade ou não. Às vezes, os pés de madeira em um sofá não são feitos totalmente com esse material e você nunca saberá se não ler a descrição.

3. Não comprarás tudo em um dia
Uma compra gigantesca não fará bem para a sua carteira e nem para o seu lar. Coisas que parecem perfeitas juntas na internet nem sempre parecem tão maravilhosas na vida real. Compre uma coisa de cada vez e vá montando a sua decô aos poucos. Os resultados serão muito melhores e mais originais!

4. Praticarás o autocontrole
Comprar na internet é um terreno perigoso de lidar, que pode destruir a sua conta bancária se não tiver cuidado. Pense em tudo o que você está comprando e elimine os gastos compulsivos. A não ser que você tenha mais de uma casa para decorar, tenha cuidado com a quantidade de peças que compra.

5. Não comprarás tudo da mesma loja
Ninguém quer uma casa que pareça ter saído de um catálogo, não é? Mas é exatamente isso o que vai acontecer se você comprar uma sala inteira em um mesmo site. Dê aos cômodos peças variadas, aproveitando o melhor de diversas lojas.

6. Lerás as opiniões de outros consumidores
Se este recurso estiver disponível, sempre leia as opiniões dos clientes. São pessoas como você, que realmente compraram aquele produto em que você está interessado, e que podem ser decisivos na sua escolha.

7. Desconfiarás se essa é a melhor oferta online
Encontrou a estante dos sonhos e não quer saber de mais nada? Calma, verifique primeiro se outros sites não vendem o mesmo produto que você quer e se eles não têm um preço melhor para te oferecer.

8. Conhecerás a forma como a peça será entregue
Aqui, a sinceridade é fundamental. Se a ideia de ficar montando um móvel em meio ao manual de instruções e chaves de fenda te assusta, considere comprar itens pré-montados. Caso contrário, a caixa do produto com que você tanto sonhou pode ficar guardada na garagem por semanas.

9. Lerás a descrição da cor
A cor que aparece na imagem do site pode não ser fiel ao produto pessoalmente. Para não frustrar suas expectativas, leia o nome e a descrição do tom antes de fechar uma compra e acabar se arrependendo depois.

O cinza é o novo neutro.

Bem, isso você talvez já saiba, mas é sempre interessante perceber como a cor acaba sendo a primeira opção de muita gente em várias situações: na hora de escolher o tecido do sofá, de definir uma roupa de cama básica ou de comprar um tapete que combine com tudo. Além de ser bonito e de se encaixar em vários estilos de decoração, o cinza é mesmo a base perfeita para quem prefere usar os tons mais vibrantes apenas nos detalhes ou para quem ainda não sabe direito como começar um cômodo.

Como as paredes costumam ser um dos principais elementos da casa, achei que seria legal mostrar aqui algumas versões que trazem essa tonalidade, seja através de uma lata de tinta ou do próprio material, como o concreto ou o cimento queimado. Veja agora alguns exemplos bacanas.

Pintura convencional

Uma das maneiras mais fáceis e tradicionais de renovar uma parede é usando tinta colorida – até aí nenhuma novidade, certo? Mas a vantagem de apostar em uma tinta cinza é que o espaço fica com infinitas possibilidades de combinação de estilos, peças e tons. O fundo escuro destaca obras de arte, pôsteres e até os móveis que ficam apoiados na parede, como um sofá clarinho com almofadas estampadas. E ao contrário do que muita gente pensa, essa solução também dá certo em apês pequenos, basta escolher uma única superfície para aplicar a cor.

Cimento queimado

Esse é um dos poucos materiais que podem ser considerados rústicos e urbanos ao mesmo tempo, já reparou? Cimento queimado funciona tanto no piso do sítio quanto nas paredes de um loft todo moderninho, então é uma opção democrática e com uma estética interessante. Outro ponto positivo é que ele pode ser aplicado em todos os cômodos da casa, inclusive nas áreas molhadas (nesses casos o acabamento recebe produtos especiais que garantem sua durabilidade). Para quem não pode gastar muito, só que mesmo assim gostaria de um resultado similar, eu indico procurar tintas específicas que imitam a aparência irregular do cimento – diversas marcas já fabricam.

Pedras naturais

Ser neutro não significa ser monótono. Se você até gosta da tonalidade cinza, mas prefere algo com uma textura mais atraente, minha sugestão é criar uma parede de pedras naturais. Esse acabamento fica lindo em fachadas e casas de campo, porém também pode ser usado internamente em apartamentos, salas e até escritórios. Além do efeito impactante, as pedras ajudam a refrescar os ambientes e ainda trazem aconchego – pode até parecer contraditório, já que elas não são tão agradáveis de tocar, mas é verdade.

Papel de parede

Os papéis de parede nunca perderam a majestade. Se antes os desenhos eram elaborados e clássicos, agora é mais fácil encontrar versões discretas ou com padrões geométricos. Como de qualquer forma a estampa já chama bastante atenção, vale escolher um modelo com tom suave para que sirva de pano de fundo na decoração. Na sala de estar abaixo, por exemplo, o arquiteto Rodrigo Angulo optou pelo papel da coleção Grafismo, da marca Bobinex. O sofá, que tem um tecido cinza clarinho, quase bege, se sobressai sem fugir da composição.

Camuflagem

Usar o mesmo tom para camuflar volumes e esconder certos detalhes que não precisam ser vistos é um recurso que arquitetos e designers sempre exploram. Eu inclusive adoro paredes com prateleiras da mesma cor – é um efeito poderoso e que muitas vezes só precisa de tinta para ser executado. Só que o exemplo que escolhi para mostrar aqui é um pouco diferente: na cozinha da chef Rita Lobo, os armários de Formica possuem exatamente o mesmo tom de cinza usado nas paredes. Dessa forma as peças de marcenaria não pesam tanto no visual do espaço e ainda dão uma sensação de continuidade. Outra ideia é disfarçar a porta de entrada ou do lavabo com a mesma tinta, como no projeto do DT Estudio (abaixo).

Fotos via 1. Casa dos Outros | 2. Pinterest | 3. Blog Lola Home | 4. Planete Deco | 5. Old Brand New | 6. Pedro Vannucchi | 7. Rodrigo Angulo | 8 e 9. Lar Sempre Lar | 10. DT Estudio

15 CABECEIRAS QUE PODEM TRANSFORMAR O SEU QUARTO

Capaz de mudar o astral do quarto – e do morador –, a cabeceira pode atuar como protagonista ou fazer parte de composições bem pensadas, agregando funções. Listamos alguns modelos que vão fazer você sonhar.

(Foto: Lufe Gomes/ Editora Globo)

IMENSIDÃO AZUL
Executado com Ultrasuede, o modelo criado pelo arquiteto Gustavo Calazans ocupa toda a extensão da parede atrás da cama. Mas, em vez de ser inteiriço, ele é formado por placas presas lado a lado, o que viabiliza sua instalação. Para embutir o criado-mudo de freijó, o arquiteto criou um recorte no painel.

(Foto: Lufe Gomes/ Editora Globo)

LEVE EFEITO
A combinação da cabeceira de madeira laqueada, um pouco maior que a cama, com a parede que recebeu massa de cimento dá um ar contemporâneo ao ambiente. Para completar, o banco Tolix faz as vezes de criado-mudo. A montagem é resultado da parceria da moradora, Daniela Berland, da Díptico Design de Interiores, com o arquiteto Nelson Kabarite.

(Foto: Victor Affaro/ Editora Globo)

TONS PREDOMINANTES
A designer de interiores Neza Cesar é conhecida por ser fã de cores e saber misturá-las como poucos. Um bom exemplo é o que ela fez em seu quarto: para as paredes e lambris, Neza escolheu tons lavados de verde e azul. Já a cabeceira foi revestida pela Tapeçaria Monelli de veludo estampado. Repare que o padrão do tecido remete ao tom da tinta.

(Foto: Victor Affaro/ Editora Globo)

AMPLITUDE VISUAL
Posicionado de fora a fora na parede, o painel de madeira ebanizada da Projeart faz com que o quarto da arquiteta Vanessa Féres pareça mais largo. A área da cabeceira e a base do colchão foram revestidas com linho cinza, dando unidade ao móvel.

(Foto: Edu Castello/ Editora Globo)

NICHOS EXTRAS
Para abrigar peças que o fotógrafo Eder Chiodetto ganhou de amigos e outras que ele comprou em viagens, o arquiteto Gustavo Calazans criou um painel de imbuia com nichos de vários tamanhos. Executada pela Ademar Fábrica de Móveis, a cabeceira é composta ainda de dois criados-mudos e serve de apoio para quadros.

(Foto: Luis Gomes/ Editora Globo)

CLIMA RÚSTICO
Em vez de um modelo tradicional, a arquiteta Flavia Petrossi optou por revestir a parede atrás da cama com um lambri de madeira de demolição. A solução conversa com os tijolos aparentes e acrescenta textura ao quarto do casal.

(Foto: Gui Morelli/ Editora Globo)

NAS ALTURAS
Para deixar o quarto acolhedor, como queriam os moradores, a arquiteta Paula Leonardo, do Studio ML.2, criou uma cabeceira com gomos de camurça que se estende até o teto. Ótima solução para quem gosta de ler antes de dormir.

(Foto: Lufe Gomes/ Editora Globo)

INDUSTRIAL CHIQUE
Para reforçar o clima masculino do quarto, com tijolos e instalação elétrica aparentes, o arquiteto Renato Mendonça revestiu a cabeceira de veludo preto com capitonê. O modelo, executado pela Conceito Tapeçaria, é alguns centímetros maior do que a cama, formando uma moldura. Foto do artista Fabio Messias.

(Foto: Edu Castello/ Editora Globo)

BASE FUNDAMENTAL
No quarto da arquiteta Gabriela Marques, módulos retangulares revestidos de sarja cinza foram costurados entre si, formando um painel que se estende por toda a parede atrás da cama. A peça, com 10 cm de espessura, ainda serve de apoio para quadros.

(Foto: Victor Affaro/ Editora Globo)

SOLUÇÃO MULTIÚSO
Para agradar a uma adolescente, as arquitetas Andrea Murao e Simone Marques criaram uma cabeceira estofada, com laterais em forma de caixa, que abriga a cama e a penteadeira. O móvel, feito pela art’Móveis Borsato e pela FB Estofados, foi revestido com patchwork de tecidos comprados nos Estados Unidos

(Foto: Victor Affaro/ Editora Globo)

MOSAICO DIVERTIDO
Para valorizar o formato retangular do quarto, a arquiteta Carolina Rocco optou por uma cabeceira comprida, composta de placas estofadas revestidas de lã de alfaiataria nas cores roxa, laranja e rosa. De tamanhos variados, as peças formam um desenho desencontrado interessante.

(Foto: Lufe Gomes/ Editora Globo)

TOQUE DE COR
A cabeceira estofada de chenile roxo com capitonê é o ponto alto do quarto da designer Ana Morelli. A solução, assinada pela designer de interiores Maristela Gorayeb, é uma boa saída para quem tem medo de pintar as paredes, mas quer deixar o ambiente mais alegre.

(Foto: Lufe Gomes/ Editora Globo)

SUAVE NA MEDIDA
A arquiteta Fabiana Avanzi projetou uma cabeceira composta por ripas de diferentes dimensões revestidas por Monica Bagatelli de tecidos em tons de verde. O criado-mudo de madeira laqueada tem desenho da arquiteta e execução da Angelo Arte.

(Foto: Victor Affaro/ Editora Globo)

SÓBRIO, PORÉM COM BOSSA
Acrescentar diferentes texturas deixa o ambiente mais interessante. Foi o que fez a designer de interiores Helena Kallas neste quarto. Ela escolheu um papel de parede, ao fundo. Para a cabeceira, um veludo verde, que lembra pastilhas.

(Foto: Victor Affaro/ Editora Globo)

DUPLA POÉTICA
Para agradar ao casal de moradores, o arquiteto Maurício Arruda deu prioridade ao romantismo no quarto, traduzido pela estampa delicada do papel de parede e pelo veludo na cabeceira estofada e arrematada por um contorno de tachas.

Cores neutras no apê dos recém-casados

Ambientes são amplos para receber amigos

Já faz algum tempo que a arquiteta Patrícia Fiuza entregou esse apartamento no Rio de Janeiro para o casal de proprietários, mas a decoração continua intacta. "Ainda dá para fazer fotos de revista por lá", conta a profissional. Sinal do caráter bem organizado da esposa, que odeia coisas fora de lugar. Construído para ser o primeiro lar do casal, o apartamento de 210 m² deveria ter uma decoração limpa, capaz de receber os amigos  e, claro, com espaço de sobra para guardar os objetos. A casa deveria ter também um quarto infantil, pois a dupla já planejava o primeiro filho.

Patrícia criou um visual com revestimentos claros, luminárias embutidas e móveis leves. Para impedir que os ambientes se tornassem monótonos, ela misturou texturas e adicionou luzes quentes. As cores neutras funcionam como base para objetos e acessórios em tons mais vivos.

Assim, as áreas sociais receberam carpete de trama de vinil e poliéster, um material que isola calor, mas resiste a água e sujeira. Sobre o piso do living se destaca o banco Form, da Way Design, e o painel de ipê de demolição. Sem barreiras com a sala de jantar, o ambiente recebeu rasgos de luz, luminárias lavando as paredes e um abajur. O único pendente fica sobre a mesa, o que mantém a continuidade visual.

A arquiteta transformou o corredor que levava aos quartos e cozinha em uma sala íntima de respeito. O ambiente recebeu papel de parede vinílico - imune à bagunça das crianças - e luz indireta, convidando ao relaxamento. Um nicho embutido e iluminado por LEDs transforma-se em uma vitrine para os objetos decorativos do casal.

Para atender ao marido que ama preparar refeições, a casa recebeu duas cozinhas. A gourmet fica na varanda de 28 m², com vista para a Barra da Tijuca, e foi equipada com churrasqueira. Na íntima, o fogão fica voltado para a mesa - o que permite ao morador criar pratos enquanto conversa com a mulher e os filhos.

A atmosfera de tranquilidade reina nos quartos com cores neutras: bege e branco no dormitório do casal, rosa no da bebê. O de hóspedes ganhou fotos de temas cariocas, mas não ficou assim por muito tempo: logo passou para o segundo filho, um menino. Hoje ele adora brincar com a irmã na sala íntima - sem alterar a decoração da casa, é claro.

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